domingo, 9 de setembro de 2012

Principio


Durante anos tenho sofrido a pressão da não aceitação. Foram tantas tentativas, em vão, de mudar não apenas meu corpo, mas, principalmente, a minha mente “sabotadora”.

Lembro bem de quando meu excesso de peso começou a aparecer sorrateiramente. Foi logo após uma tragédia pessoal aos sete anos de idade. Eu era apenas uma criança com uma dor dilacerante no peito, que ao invés de se expressar, se escondeu atrás de gordura e montanhas assustadoras de açúcar e sódio.

De certa forma a comida me trazia a doçura e a satisfação que a vida havia me privado. Eu acreditava – mesmo sem me dar conta – que os lanchinhos da madrugada e os litros borbulhantes de refrigerante me trariam as respostas para as questões mais complexas da minha vida. Acreditava que a comida era a minha amiga, minha mais nobre conselheira, quando na verdade ela era a minha inimiga – ainda não declarada!

Um comentário:

disse...

Sempre tinha desejo de compensar um fracasso com comida. Só muito depois entendi que eu era compulsiva.