CHOQUE de realidade!

Percebi que era necessário mais do que números para me mostrar minha real situação. Criei coragem e escolhi um pijama preto relativamente apertado, feito com aqueles tecidos que marcam até a alma! Posicionei a máquina, acertei o tempo do automático e fui para frente da lente – como quem caminha para o paredão de fuzilamento! Flash: frente, lado e costas. Nunca vi 9 segundos tão demorados! 

 

Pronto. As fotos estavam feitas. Não havia para onde correr. Antes mesmo de vê-las, pensei em deletá-las, no entanto, até pra isso teria que ficar de frente a minha REALIDADE. 

 

A primeira olhada foi rápida e cheia de medo, depois, olhando com mais calma, pensei: “Devo estar em uma pegadinha do Silvio Santos! Essas costas não são minhas!”. Céus! Quanto tempo eu não via as minhas costas! Ainda bem que a minha cabeça não vira 360 graus, caso contrário, eu não sairia na rua com essas costas cheias de pneus! 

 

Fiquei em choque! Sofri como quem se olha no espelho depois de 50 anos em coma profundo. Definitivamente, EU NÃO ME CONHECIA. E odiei me conhecer!

SOCORRO!: 1ª PESAGEM do ano

Em comparação ao início do ano passado estou um quilo e pouco mais infeliz. Desde que abandonei o blog tentei recomeçar a reeducação alimentar diversas vezes, no entanto, fracassei antes de completar a segunda semana. Depois de um tempo, eu me agarrei nas desculpas de fim de ano, EM OUTUBRO (pasmem!), e comi como se o mundo fosse acabar até a primeira semana de Janeiro! Resultado:

 

87,6Kg

 

Apesar de ver esse número tenebroso na balança, ainda não consegui assimilar o peso moral e sentimental que ele carrega. Isto é, sinto os danos do peso físico no meu corpo, mas quando vejo os números na balança não consigo acreditar que eles me pertencem! E isso só dificulta a minha situação, pois me possibilita sabotar a reeducação alimentar.

 

Fico pensando que sempre vou ter tempo pra recomeçar, e por isso, posso comer – sem freio – mais um dia ou dois...

Ano novo... PESO VELHO!

Chegou a hora de fazer e refazer promessas; recarregar as baterias para o inicio do ano; pensar em tudo que deixamos para trás durante o ano passado. Mas acima de tudo, é hora de contabilizar todos os estragos do final do ano!

Posso garantir que ninguém tem tanto peso para contabilizar quanto eu! Se pudesse escolher uma música para descrever 2013 com certeza seria um forró... Foi sanfona (efeito sanfona) o ano todo! Um mês menos gorda, um mês mais gorda, outro mês me sentindo grávida de quadrigêmeos. Sem contar que a pele parece uma mina de óleo; o cabelo grita; as unhas quebram e o humor espanta qualquer ser humano que tenha o mínimo de amor próprio! E o ódio do espelho é DEVASTADOR!

Pior que o peso que aparece na balança, é o peso da consciência. Todos os “SE” aparecem em um festival de pensamentos: “Se eu tivesse continuado com a reeducação alimentar... Se eu tivesse trocado horas de sono pela esteira...”. Tá, okay! Mas não aconteceu assim. Poderia dizer que a minha cachorrinha comeu meu livrinho dos vigilantes do peso, ou melhor: ela comeu a minha balança! Caso contrário, eu estaria magra. Pode apostar!

E assim começamos 2014! Feliz ano novo, queridas! Que esse ano a caminhada possa ser mais alegre; e que Deus seja o primeiro pensamento em todos os dias desse ano!

Cobrança Alheia

Se existe uma coisa que não suporto é a cobrança alheia! Já não basta a minha “auto-cobrança”? Tantas vezes eu me acabo em lágrimas quando desisto de uma vida saudável. Não preciso mesmo de mais ninguém me cobrando comportamentos e resultados.

Basta dizer uma vez que está fazendo reeducação alimentar, que todos sempre vão perguntar: “Quantos quilos você já perdeu?”, “Vai comer só isso mesmo?”. E quando você desiste de tudo, tem sempre um idiota, na hora do almoço ou jantar, que faz o seguinte comentário: “Nossa, cadê a pessoa que só comia salada e grelhado?”. Minha vontade é responder: “Estou comendo tanto que fritei e comi ‘essa pessoa’ também!”. Cristo! Haja paciência para essas situações constrangedoras.

Muitas vezes eu relevo os comentários alheios, porque tenho a consciência que muitas pessoas fazem isso para o meu bem. Entretanto, aprendi a filtrar as manifestações de carinho e cuidado. E percebi que normalmente as pessoas fazem por pura maldade e desrespeito. Fico me indagando: Será que essas pessoas não têm vida própria? Se elas não tiverem, apenas desejo que comprem um gato e batizem com meu nome – se assim desejarem; e imploro que elas se esqueçam de mim e da minha balança!

Geladeira GORDA!

Minha geladeira está extremamente gorda! Recheada de vários produtos industrializados, gordurosos e cheios de açúcar.

Apesar de já ter eliminado peso desde quarta-feira, está praticamente impossível entrar completamente na reeducação alimentar, pois antes tenho que emagrecer a geladeira. Por mais que eu me esforce, é complicado abrir a geladeira pra pegar uma fruta e encontrar doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas e queijos gordurosos. Engordo só de olhar!

Suquinhos de soja açucarados!

Cerveja, refrigerantes e maionese!

Mais refrigerantes e doces cheios de gordura!

Chocolate e queijos gordos!

Eis as questões que me assolam nesse momento: Jogo todos os produtos fora? Como tudo de uma vez? Dou para pessoas magras para que elas se tornem tão gordas quanto eu? Ó dúvida cruel!

Bom dia, balança!

Bom dia? Como posso estar tão tranqüila diante da minha maior inimiga? Por pior que seja, um dia de recomeço é sempre um dia de glória – mesmo sabendo que hoje não enxergo nada além de banhas e lágrimas futuras – durante as primeiras semanas de adaptação.

Entretanto, como começar sem dar um primeiro passo? E o primeiro passo pra aprender a ser mais saudável é subir na balança e tirar fotos realistas do meu corpo, e só então, aceitar e tentar mudar todos os estragos que a comida fez.

Para total desespero: 84,9 Kg

Existe gordinha feliz?

Os dias estão sendo difíceis. Todas as noites, quando me deito, eu faço planos de não esperar a segunda-feira seguinte. Perco o sono planejando cardápios saudáveis e fazendo força pra acordar diferente, decidida. Mas assim que o despertador toca pela manhã, eu esqueço todos os meus desejos de facilitar minha vida. Luto contra o guarda-roupa, que insiste em encolher as minhas roupas e como desesperadamente; como se aquele café da manhã fosse o último da minha existência!   

Por um lado, me sinto completamente sem vontade de me esforçar; e às vezes penso que nasci pra ser a gordinha desajeitada. Tenho que aceitar a minha condição e parar de lutar contra eu mesma. Entretanto, meu corpo começou a sentir os efeitos do ganho de peso. Se antes eu não tinha fôlego pra nada, agora não aguento subir dois lances de escada, pois sinto dor até ao respirar.

Com meus indesejados 84 Kg, sinto certa dificuldade pra levantar da cama rapidamente ou pra abotoar as fivelas dos sapatos. Falando em sapatos, ontem usei um salto muito alto, e juro que consegui ouvir os sapatos rangerem – como se pedissem misericórdia! Desde que abandonei a dieta e as caminhadas na esteira, tenho percebido que os meus pés, pernas e mãos têm inchado com frequência. Os anéis não servem como antes, e os sapatos estão cada vez mais desesperadamente apertados.

Insatisfação. Tristeza. É o máximo que posso pensar essa noite.

Desculpem, querida seguidoras.